(...) Impressionado com o talento de Lô,
Milton começou a fazer algumas músicas junto com ele e a gravá-las em seus
discos. Foi assim que, hoje, clássicas canções como "Para Lennon e
McCartney", "Alunar" e "Clube da Esquina" foram
registradas no disco Milton, que ele lançou em 1970, sempre com o parceiro
Márcio Borges fazendo as letras e participando de uma maneira ativa dessas
composições.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, surgia um
grupo que, num futuro bem próximo, se tornaria o embrião musical do disco Clube
da Esquina, o Som Imaginário. Formado pelo núcleo Robertinho Silva (bateria),
Wagner Tiso (teclados), Luíz Alves (baixo), Tavito (violão), Laudir de Oliveira
(percussão) e Zé Rodrix (teclados, voz e flauta), o Som Imaginário era
essencialmente um grupo de rock progressivo, mas com influências jazzísticas e
de bossa nova. A banda havia sido formada no ano de 1970 para o espetáculo
Milton Nascimento e Ah! O Som Imaginário, que fez um enorme sucesso, dando um
impulso à carreira de Milton e resultando no disco Milton, gravado no final
daquele ano. Antes disso, o show ― inicialmente planejado apenas para o Rio de
Janeiro ― passou por São Paulo e Belo Horizonte. O sucesso dessa empreitada
animou a chamada "turma de Minas" a tentar alguma sorte no Rio de
Janeiro. Vários músicos se mudaram para a cidade em busca da tal efervescência
cultural. "O Som Imaginário se tornou uma espécie de porto seguro para o
pessoal novo, que estava chegando de Minas", lembra Wagner Tiso. E todos
eles viam Milton Nascimento como o
elemento aglutinador de tudo isso."
Do Livro "Coração Americano" - de Rodrigo James/
publicitário e jornalista, graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG).
* Som Imaginário : Gentilmente Cedido pela Trem Mineiro Produções Artísticas
Que agradável surpresa de encontrar esse site. Parabéns pela página, Margareth Reali e também pelo conteúdo, Boa dica de Pedro Albuquerque. Cultura pura. Curtam!
ResponderExcluir